sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


Dê-me licença, pois não quero ser mais nada além de descanso, não quero sínteses racionais, quero a elaboração do corpo inerte, soltas borboletas-pensamentos pelos jardins da preguiça, puro direito ao ócio, efêmera inanição do racional.
Por favor, me deixe quieto, não me faça pedidos, não quero ser nada além de semente que adormece. Durante todo o ano fui raiz, arvore e fruto. Cultivei, cuidei e alimentei. Fui além... 
Evaporações emocionais, armazenamentos intelectuais, precipitações, infiltrações, meus elementos físicos, químicos e emocionais, passei pelo ciclo biogeoquímico da minha vida, do meu ecossistema, do meu ciclo anual, agora quero hibernar. 

“Eu quero uma licença de dormir,

Perdão para descansar horas a fio,

Sem ao menos sonhar

A leve palha de um pequeno sonho.

Quero o que antes da vida

Foi o profundo sono das espécies,

A graça de um estado.

Semente.

Muito mais que raízes.”

Adélia Prado


domingo, 16 de dezembro de 2012

"Você sabe o que é ter alguém em suas mãos cujos poros da pele são ímãs de veludo que atraem seu corpo?"

Do conto uma ancora chamada luxúria.

Fonte:http://papodehomem.com.br/uma-ancora-chamada-luxuria/



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Passar ou não?

Tudo passa! Vamos passando, às vezes controlando o ferro de passar, às vezes sendo controlados. E quando acaba a energia elétrica como fazemos???


sábado, 8 de dezembro de 2012


Penso e penso, e de repente estou eu pensando de novo! Como não pensar, não sei se conseguiria deixar de pensar...
A chuva deixa de ser chuva quando cai no rio?
A luz do sol deixa de ser sol quando reflete no mar?
Acredito que não. Apenas se uniu ao outro.
Quando penso quero ser chuva que encontra o rio, quero ser luz que refletem aos olhos seus...
Por isso penso, por ser obra de um todo, por ser célula do organismo do mundo. Por querer ser eu, ser perder vocês...